quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vivo



Te amei no primeiro segundo
Inesperadamente
Como se acumulasse sonhos pra te dar
A noite longa amanhece
e em teus lábios acordo
Finalmente v
ivo

Brincriações





Menina vendendo sonhos...
Brincriando libertudes, lá i vinha
Semeadora de paraísos
A femenininha. Lá, lá...
Desmolhando as lagri-minhas
Acriançando o mundo, acolorindo tudo
Uma alegria sem explicação, nem não
Coraçãozinho escrevendo rosas
Ria, ria
Querendo me infanciar
(Quase que conseguia)
Desinventando os medos
Os delicados gestos, sonhantes de tudo - vivinha ela
Os olhinhos que adultice nenhuma iria invalidar
-E eu, aprendiz de novos mundos
De novIdades. Carente de simplificação...
Sem nenhuma função que não a de amá-la
Apesar dos longes
Dividiamos iguais
Os mesmos sonhos


terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Menina e a Poesia




A poesia só chega ao coração
Quando sai do coração

Não quando a gente quer

Mas quando se torna impossível calar
A voz que brota da alma

E modifica o mundo...
Às vezes a menina sente
Que vai virar poesia
Falar o que nunca falou

Nascer sentidos jamais sentidos

Mas a ponta do lápis quebra

A caneta falha, o computador trava...

A menina sem querer

Adormece

E então...

Sonha Poesia!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fugas


Na ausência dos teus seios
Inventei outros meios
De me alimentar

Outro deus, outra verdade

Outra roupa, outra cidade
Outros modos de se amar


Mas minutos se intercedem

Entre as lutas que comprei

E quanto mais tarde, mais cedo


Desesperado percebo
Nessas fugas te encontrei